A Jordânia decidiu esta quarta-feira retirar imediatamente o seu embaixador em Israel, em protesto contra a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, noticia a agência AFP.
“Hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Al-Safadi, decidiu convocar imediatamente o embaixador da Jordânia em Israel”, indicou, em comunicado, o ministério, acrescentando que “condena a guerra israelita que mata pessoas inocentes em Gaza”.
A Jordânia assinou um acordo de paz com Israel em 1994, o segundo país árabe a fazê-lo depois do Egito.
Israel tem lançado ataques aéreos contra Gaza desde 07 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram aldeias e postos militares israelitas.
As forças israelitas também intensificaram as suas operações na Cisjordânia, ocupada desde a guerra árabe-israelita de 1967.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados que assassinaram cerca de 1.400 pessoas e fizeram mais de duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Segundo o ministério da Saúde do Hamas, os bombardeamentos que Israel tem levado a cabo em Gaza, depois de ter sido atacado pelo Hamas em 07 de outubro, fizeram mais de 8.300 pessoas e mais de 21 mil feridos,
Na terça-feira, o exército israelita bombardeou o campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, matando pelo menos 145 pessoas.
Entre as vítimas, segundo o exército israelita, encontra-se Ibrahim Biari, comandante do batalhão central de Jabaliya do Hamas e um dos líderes responsáveis pelo ataque a Israel de 07 de outubro.