João Tiago Silveira também foi constituído arguido na Operação Influencer, que acabou por ditar a demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro, avançou o ECO. De acordo com o jornal online, o despacho de indiciação que foi entregue na quarta-feira às defesas dos arguidos inclui o nome do ex-secretário de Estado da Presidência de Ministros e da Justiça do governo de José Sócrates.
“Confirmo que fui constituído arguido no âmbito do processo tornado público na passada terça-feira. Guardarei os meus comentários para a sede e momento próprios, se e quando me confrontarem com factos concretos”, reagiu, ao NOVO. O ex-governante avançou ainda, em reação à sua constituição como arguido, que “perante o ruído que se tem instalado e antes que suspeitas sem contraditório se consolidem na opinião pública”, quer deixar “muito claro” o seguinte: “ao longo da minha vida profissional, nunca confundi o exercício de funções públicas e de funções privadas, em particular da profissão de advogado. Mas há uma nota comum em toda a minha carreira, no setor público e no setor privado: a honestidade e o estrito respeito pela legalidade”.
A lista de arguidos inclui Diogo Lacerda Machado, consultor e amigo de António Costa; Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro; João Galamba, ministro das Infraestruturas e antigo secretário de Estado do Ambiente; João Tiago Silveira, ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e da Justiça e sócio da Morais Leitão; Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente; a Start Campus, empresa promotora da instalação do data center em Sines; Afonso Salema, CEO da Start Campus; Rui Oliveira Neves, administrador da empresa e também sócio da Morais Leitão; e Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines.
Dos arguidos, apenas João Galamba, Nuno Lacasta e João Tiago Silveira não estão detidos.
(Notícia atualizada com declaração enviada ao NOVO)