O jardim murado e vários edifícios exteriores do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova vão passar para a gestão da Câmara de Coimbra nos próximos 75 anos, num acordo que está a ser ultimado, afirmou hoje o presidente do município.
O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, que era o epicentro da bienal Anozero, vai ser alvo de um projeto de requalificação e transformação em hotel de cinco estrelas, após um concurso público de concessão por 50 anos daquele monumento.
Já o espaço exterior, um jardim murado de cerca de cinco hectares, incluindo vários pavilhões e edifícios externos, vão passar para a esfera da Câmara de Coimbra para os próximos 75 anos, num acordo que “está em fase final de tramitação” com a Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.
“A partir do próximo ano, a Câmara de Coimbra fica responsável durante 75 anos pelo jardim do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, incluindo garagens e outros edifícios [exteriores ao mosteiro]”, acrescentou.
Para José Manuel Silva, este espaço, acrescentando aos 600 metros quadrados reservados dentro do Mosteiro para a realização da bienal de arte contemporânea, permitem dar “uma flexibilidade e amplitude de ocupação da bienal, em relação ao que estava inicialmente previsto”.
Sobre o futuro daquele jardim, o autarca salientou que o objetivo é torná-lo “num dos espaços mais agradáveis de fruição da cidade de Coimbra”.
“É um espaço histórico, murado, que queremos reabilitar e um dos projetos será fazer ali também um jardim de arte contemporânea. Acreditamos que com este espaço adicional está garantido que a bienal tem toda a possibilidade de continuar a crescer”, vincou.
O acordo com a Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional está fechado, mas ainda não assinado, algo que deverá acontecer até ao final do ano, esclareceu.
“A Câmara pagará uma renda de 16 mil euros por ano e a verba já estará considerada no Orçamento da Câmara Municipal” para 2025.