A inflação no primeiro mês do ano ficou em 2,3% na economia nacional, valor que fica em linha com a estimativa rápida divulgada no início de janeiro pelo INE. A subida do indicador em termos homólogos deveu-se em grande parte ao levantamento do IVA Zero, que voltou a acelerar a componente dos bens alimentares.
O INE estima o impacto do fim do regime de isenção de IVA sobre um conjunto de bens essenciais como 0,7 pontos percentuais (p.p.), o que ajuda a explicar a subida do indicador homólogo em relação aos 1,4% registados no mês anterior. Outro fator relevante prende-se com a subida dos preços da eletricidade no primeiro mês do ano.
Olhando por componentes, os bens energéticos aumentaram 0,2% em termos homólogos, invertendo a queda de 10,5% verificada em dezembro, ao passo que os alimentos não-transformados aceleraram de 2,0% no mês anterior para 3,1% em janeiro.
A variação em cadeia foi nula, o que coloca a média da inflação nos últimos doze meses em 3,8%, lê-se no comunicado. Já o indicador core, que descarta as componentes mais voláteis dos bens energéticos e alimentares não-transformados, ficou em 2,4%, ou seja, abaixo dos 2,6% registados em dezembro.
Já o índice harmonizado, o indicador de referência para as instituições europeias, apresentou uma variação homóloga de 2,5%, ou seja, mais 0,6 p.p. do que na leitura de dezembro. Comparando com a média da zona euro, a inflação em Portugal foi 0,3 p.p. mais baixa em janeiro.