O ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, apelou hoje aos seus compatriotas no Líbano para abandonarem o país “o mais rápido possível”, perante o aumento das tensões com Israel.
“Tendo em conta o agravamento da situação, convidamos os italianos que se encontrem temporariamente no Líbano a não viajar para o sul do país e a regressarem a Itália em voos comerciais o mais rápido possível”, escreveu Tajani na plataforma social X.
Visto l'aggravarsi della situazione, invitiamo gli italiani che soggiornano temporaneamente in #Libano a non recarsi assolutamente nel Sud del Paese ed a rientrare in Italia con voli commerciali il più presto possibile.Numero Unità di crisi Farnesina +390636225
— Antonio Tajani (@Antonio_Tajani) August 4, 2024
O apelo foi também dirigido a turistas italianos, a quem é pedido para não viajarem para o Líbano.
Invitiamo altresì i turisti italiani a non recarsi in #Libano
— Antonio Tajani (@Antonio_Tajani) August 4, 2024
Itália junta-se, assim a uma lista de vários países europeus, como Espanha, França, Estados Unidos, Reino Unido ou Suécia que pedem que os seus cidadãos abandonem o Líbano.
No Portal das Comunidades Portuguesas, o ministério português dos Negócios Estrangeiros reiterou recentemente o aviso “para que todas as viagens com destino ao Líbano sejam evitadas”.
“Devem ser especialmente evitadas quaisquer deslocações a sul do rio Litani”, sublinham as autoridades portuguesas, que recomendam “a todos os cidadãos nacionais que considerem deixar o país pelos seus próprios meios”.
Os receios de uma conflagração regional aumentaram este fim de semana no Médio Oriente, onde os Estados Unidos reforçaram as suas forças militares, na sequência do assassínio atribuído a Israel do líder do Hamas e da morte, num ataque israelita, de um alto responsável do Hezbollah, que Teerão e o movimento libanês prometeram vingar.
No sábado, a Suécia anunciou o encerramento da sua embaixada em Beirute, depois de ter aconselhado milhares de cidadãos a abandonar o país, e a França apelou aos seus cidadãos que visitam o Irão para que partam “o mais rapidamente possível”.