Israel recusou esta segunda-feira ter acordado um cessar-fogo no sul da Faixa de Gaza, apesar de fontes egípcias terem contado à Reuters que tinha sido alcançado um acordo para permitir a entrada de ajuda humanitária e a saída de estrangeiros.
Duas fontes de segurança egípcias afirmaram que Israel tinha concordado em suspender os bombardeamentos no sul da Faixa de Gaza, permitindo a abertura do posto fronteiriço de Rafah, controlado pelo Egito. No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelita negou, em comunicado, essa informação: “Atualmente não há tréguas nem ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros”.
As forças armadas israelitas e a embaixada dos Estados Unidos em Israel não comentaram, enquanto Hamas, que tem disparado rockets contra Israel desde o ataque inicial, há pouco mais de uma semana, não confirmou qualquer cessar-fogo.
A situação permanece incerta na passagem de Rafah, que liga o sul da Faixa de Gaza à península egípcia do Sinai e a única que não é controlada por Israel, que impôs um bloqueio total à Faixa de Gaza, onde os alimentos estão a escassear. Ao longo da manhã, centenas de pessoas começaram a juntar-se junto ao posto fronteiriço, na esperança de conseguir fugir da guerra.
Os Estados Unidos tinham anunciado que Rafah seria aberta hoje de manhã para permitir a saída de estrangeiros retidos na Faixa de Gaza pela guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel. As autoridades do Cairo disseram que a abertura só ocorreria se fosse permitida a entrada de ajuda humanitária, numa operação que estaria a ser coordenada com a ONU.
Segundo testemunhas do lado egípcio, os comboios de ajuda ainda não tinham deixado hoje a cidade de Al-Arich, cerca de 40 quilómetros a leste de Rafah. Fontes da segurança egípcia disseram hoje à agência EFE que a passagem seria aberta, mas que se desconhecida ainda a hora.
“A passagem vai ser aberta hoje, mas não há confirmação da hora”, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas devido à sensibilidade do assunto, que tem estado a ser negociado com os Estados Unidos.
Os bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza prosseguiram durante a noite, com relatos de que terão sido os mais intensos desde o início do conflito.