O exército israelita reivindicou esta terça-feira ter tomado o controlo dos edifícios governamentais pertencentes ao movimento islamista palestiniano Hamas na cidade de Gaza, incluindo os do parlamento, do governo e da polícia.

Desde o sangrento ataque do Hamas, a 7 de outubro, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis, segundo as autoridades de Telavive, o exército israelita tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza e os seus tanques estão agora a apertar o cerco à cidade de Gaza, em especial em torno dos hospitais, que afirma serem utilizados pelo Hamas como bases logísticas e militares.

“[O exército israelita tomou o controlo] do parlamento do Hamas, da sede do governo, da sede da polícia do Hamas e de uma faculdade de Engenharia utilizada para a produção e desenvolvimento de armas”, refere um comunicado militar.

Nas redes sociais, as imagens mostram soldados israelitas a desfraldar a bandeira azul e branca de Israel no estrado da sede do parlamento, bem como soldados a posar em frente a um muro com a inscrição “Quartel-General da Polícia Militar”.

O parlamento palestiniano, que deveria ter a sede em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, onde está a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), não funciona e foi oficialmente dissolvido em 2018.

Desde que o Hamas expulsou a Autoridade Palestiniana de Gaza, em 2007, os dois territórios palestinianos têm dependido de autoridades paralelas.

Na Faixa de Gaza, os bombardeamentos israelitas a partir do ar, do mar e, agora, de tanques no terreno mataram mais de 11 mil pessoas, dois terços das quais mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, organização considerada terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel.