O exército israelita anunciou na madrugada deste sábado, 26 de outubro, ter efetuado “ataques de precisão” contra alvos militares no Irão “em resposta a meses de ataques contínuos” da República Islâmica.
“Em resposta a meses de ataques contínuos do regime iraniano contra o Estado de Israel, o exército israelita está atualmente a efetuar ataques de precisão contra alvos militares no Irão”, declarou o exército, em comunicado.
Antes, a televisão estatal iraniana noticiou “fortes explosões” perto de Teerão, na sexta-feira à noite, enquanto vários meios de comunicação social locais relataram que eram ouvidos “estrondos” na capital iraniana.
“Há alguns minutos, ouviram-se fortes explosões nas proximidades de Teerão”, disse um apresentador da televisão estatal, acrescentando que “a origem não era clara”.
Algumas devem-se “à atividade do sistema de defesa aérea”, indicou, em seguida, a televisão, citando fontes da segurança.
Em 01 de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos. Israel prometeu responder a este bombardeamento.
Os ataques decorrem no âmbito da guerra em Gaza entre Israel e o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, e no vizinho Líbano, entre o exército israelita e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Hamas e Hezbollah opõem-se a Israel e são apoiados financeira e militarmente pelo Irão, que fez do apoio à causa palestiniana um dos pilares da política externa desde a criação da República Islâmica em 1979.
Os ataques com mísseis iranianos de 01 de outubro foram apresentados por Teerão como uma retaliação aos ataques israelitas no Líbano, que no final de setembro custaram a vida a um general iraniano e ao líder do Hezbollah Hassan Nasrallah.
Nasrallah, que liderou o movimento libanês durante mais de 30 anos, mantinha laços estreitos com o Irão.
Os responsáveis iranianos justificaram também esta operação como uma resposta ao homicídio no território, atribuído a Israel, de Ismail Haniyeh, então líder do Hamas.