João Cotrim Figueiredo considera que é preciso reforçar o investimento europeu na NATO para dar maior apoio militar à Ucrânia porque só os acordos bilaterais não são suficientes.

“Os acordos bilaterais que são assinados, como se isso fosse uma forma de estruturar definitivamente o apoio à Ucrânia, não são suficientes”, afirmou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal no final de um lanche com a comunidade ucraniana no parque da Paz em Almada, distrito de Setúbal.

Na opinião do candidato a eurodeputado, se não houver uma coordenação suficiente entre os Estados-membros, os acordos bilaterais “acabam por não surtir o mesmo efeito”.

Por isso, o primeiro candidato da lista da Iniciativa Liberal reforçou a necessidade de ter “o pilar europeu da NATO devidamente apetrechado para poder prestar apoio militar” não só à Ucrânia, como aos outros aliados que necessitem de ajuda para preservar a sua liberdade.

Cotrim de Figueiredo vincou que nem todos os países da União Europeia são membros da NATO e que nem todos os países europeus membros da NATO são membros da União Europeia e, portanto, “esta ligeira disfunção tem tornado impossível que haja uma coordenação suficiente”, motivo pelo qual, o candidato liberal entendeu que se deveria “institucionalizar o pilar europeu da NATO”.

Ainda a propósito da guerra na Ucrânia, e depois de se sentar a conversar com ucranianos, João Cotrim de Figueiredo contou que aquilo de que estes mais se queixam é da burocracia portuguesa.

“Relataram a dificuldade em fazer a correspondência dos documentos que possuíam na Ucrânia aos documentos que necessitam em Portugal”, mencionou, acrescentando que todos disseram de “forma muito espontânea” que é preciso dar mais apoio militar à Ucrânia.

O cabeça de lista referiu que todos lembraram que a Ucrânia não se pode defender sem armas e sem uma defesa eficaz: “[Os ucranianos] acham que é absolutamente urgente que as decisões quer na Europa, quer nos Estados Unidos, que têm demorado demasiado tempo relativamente ao apoio militar, sejam finalmente desbloqueadas”, revelou ainda.