A ilha da Madeira apresenta hoje um perigo máximo e muito elevado de incêndio rural em algumas regiões, segundo o IPMA, que colocou as costas norte e sul e as regiões montanhosas sob aviso amarelo devido ao tempo quente.

A Madeira vai continuar com zonas em perigo máximo e muito elevado de incêndio durante os próximos dias, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A ilha da Madeira, onde um incêndio rural está a lavrar há seis dias, e o Porto Santo estão até às 18:00 de hoje sob aviso meteorológico amarelo, o menos grave, devido às previsões de tempo quente.

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no arquipélago períodos de céu muito nublado e possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte, terras altas das ilhas da Madeira e do Porto Santo até ao início da manhã.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado de nordeste, soprando moderado a forte nas terras altas e nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, por vezes com rajadas até 60 quilómetros por hora.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre os 22 e os 28 graus Celsius e no Porto Santo entre os 22 e os 27.

O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.

Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

Ao início da noite de segunda-feira, o fogo mantinha duas frentes ativas, na Encumeada (Ribeira Brava) e no Paul da Serra (Ponta do Sol), o que levou à retirada de cerca de 60 pessoas da Furna (Ribeira Brava), a ser transportadas para o pavilhão desportivo do município.

No terreno encontravam-se mais de 40 veículos de combate a incêndios e mais de 150 bombeiros madeirenses, dos Açores e da Força Operacional Conjunta da Proteção Civil, proveniente do continente, assim como o meio aéreo do Serviço Regional de Proteção Civil, além de operacionais de outros organismos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão.

Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para sete mil hectares ardidos desde o início do incêndio.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.