Os números não são a verdade absoluta, mas podem ser um contributo para analisar a realidade e perceber melhor o comportamento das pessoas ou as decisões que vão sendo tomadas. Para se analisar as coisas devemos conhecer os números, seja de utilizadores de uma tecnologia seja de espectadores ou ouvintes. Hoje é pois aos números que me dedico, deixando as conclusões aos leitores. Em causa estão os hábitos e audiências, na televisão, no cinema e na rádio. E nada como os números para tirar ideias feitas e mostrar a realidade.

A PEQUENEZ DA TDT
A RTP está obrigada, enquanto serviço público de rádio e televisão, a garantir o acesso universal e gratuito às suas emissões. Se na rádio isto é fácil, na televisão ficou um pouco mais difícil desde que foi desmantelada a rede hertziana antiga e criada a Televisão Digital Terrestre (TDT), que em Portugal foi uma criação artificial e sem sentido, já que a televisão por cabo se implantou rapidamente e de forma massiva.

Apesar disso, a RTP e os outros operadores de televisão (SIC e TVI) emitem via TDT, com custos consideráveis pelo transporte de sinal (vários milhões de euros por ano e canal). A coisa é de tal forma que no mais recente relatório da ANACOM sublinha-se que, em 2023, apenas cerca de 8,3% das famílias utilizavam exclusivamente TDT, um número em queda há anos. Atualmente, a TDT tem disponíveis sete canais: RTP1, RTP2, RTP3, RTP Memória, SIC, TVI e Canal Parlamento. A percentagem de famílias com acesso à TDT nas suas casas diminuiu 5,5 pontos percentuais entre 2022 e 2023.

SF Media

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