O Hezbollah reivindicou hoje o ataque com drones perpetrado no sábado passado contra a residência privada de Benjamin Netanyahu, em Cesareia, no centro de Israel.

“Anunciamos a nossa total e única responsabilidade pela Operação Cesareia, (…) que teve como alvo o criminoso de guerra Netanyahu”, disse Mohammad Afif, chefe do departamento de relações com os media do Hezbollah, durante uma conferência de imprensa.

“Se não conseguimos chegar até si desta vez, temos muitos dias pela frente”, prometeu Afif, dirigindo-se ao primeiro-ministro israelita.

Benjamin Netanyahu acusou os aliados do Irão de tentarem assassiná-lo e ameaçou fazê-los pagar um “preço elevado”, depois de um drone ter visado a sua residência privada.

Na mesma conferência de imprensa, Mohammad Afif acrescentou que combatentes do Hezbollah foram feitos prisioneiros por Israel, sem especificar um número.

O Hezbollah garantiu ainda que a sua empresa financeira Al-Qard al-Hassan cumprirá os compromissos para com os seus clientes, depois de ataques israelitas terem atingido várias subsidiárias da instituição de microcrédito.

“Digo em nome da administração da instituição Al-Qard al-Hassan que esta anteviu os ataques e tomou todas as precauções e fará tudo o que estiver ao seu alcance para respeitar os seus compromissos com os clientes”, assegurou o representante.

O fogo cruzado entre o Hezbollah e Israel, iniciado a 8 de outubro de 2023, evoluiu nas ultimas semanas para uma situação de guerra, com bombardeamentos constantes das forças israelitas, que também têm efetuado incursões terrestres.

O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo palestiniano ter desencadeado uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza. Os ataques israelitas mataram dirigentes de topo do Hezbollah, incluindo o líder do grupo, Hassan Nasrallah, e provocaram a fuga de dezenas de milhares de pessoas, tanto para outras zonas do Líbano como para a Síria.