A greve parcial dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP levou à supressão, até às 12h00 de hoje, de 67 comboios urbanos de Lisboa, disse à agência Lusa fonte da empresa.

Segundo a fonte, entre a meia-noite e as 12h00 foram suprimidos 67 dos 246 comboios programados nos Urbanos de Lisboa: 25 comboios em Alverca/Azambuja e Castanheira do Ribatejo, 34 em Sintra/Meleças e Oriente e oito na linha do Sado. Nos serviços de Longo Curso, Regional, Urbanos do Porto e Urbanos de Coimbra não se registaram quaisquer supressões, de acordo com a CP.

Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP deram hoje início a uma greve que se prolonga até ao dia 3 de novembro, com a transportadora a antecipar perturbações na operação, sobretudo a 31 de outubro.

Numa nota publicada no seu site, a operadora ferroviária informou que, “por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI entre os dias 24 de outubro e 3 de novembro de 2024”, a empresa antecipa perturbações na operação.

Hoje e na sexta-feira, dias de greve parcial, a operadora alertou para o impacto nos urbanos de Lisboa, com especial impacto nas Linhas de Sintra, Azambuja e Sado. Nos dias 28, 29 e 30 de outubro, também de greve parcial, a CP prevê perturbações nos serviços Regional/InterRegional, Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto. Já no dia 31 de outubro, quando a paralisação será total, durante 24 horas, estão previstas perturbações no Alfa Pendular, Intercidades, Regional/InterRegional, Urbanos e Internacional Celta.

Segundo um acórdão dos serviços mínimos publicado na página do Conselho Económico e Social, no dia 31 de outubro, com “exceção dos comboios de longo curso, circularão a totalidade das composições nas linhas urbanas de Lisboa e Porto, regionais e inter-regionais, entre as 6h00 horas e as 7h30 horas da manhã e as 18h30 horas e as 20h00 horas da tarde, nos exatos termos previstos antes da apresentação do pré-aviso”.

No resto do período de greve, de paralisação parcial, o tribunal decretou apenas serviços mínimos necessários à segurança, manutenção, serviços de emergência e outros semelhantes.

“Nos restantes dias poderão ocorrer perturbações pontuais”, nomeadamente nos serviços Urbanos de Lisboa e Intercidades entre o Algarve e Lisboa, disse ainda a CP.

Segundo fonte do SFRCI, que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP, estas greves são motivadas por aquilo que diz ser o “incumprimento do acordo” que assinaram em julho do ano passado com a operadora.

O protesto “tem a ver com a remuneração”, sendo que, segundo o sindicato, o acordo prevê passar um “prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base”, algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um maior equilíbrio face às remunerações dos maquinistas.