O governo solicitou, através da ministra da Saúde, Ana Paula Martinho, um plano para o verão ao diretor demissionário do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo. No entanto, este gestor, que apresentou o seu pedido de demissão a 22 de abril, recusou o pedido do governo, de acordo com informação avançada pelo Público (acesso pago) esta sexta-feira.
Sabendo-se que o período de verão é particularmente complexo no SNS, tendo em conta as férias dos profissionais de saúde, o governo pretendia encontrar uma forma de manter o sistema a funcionar, sem algumas situações de rutura como aconteceram no ano passado. O Ministério da Saúde, que estava a contar com o plano, que é feito “com vários meses de antecedência”, terá assim de encontrar mecanismos de resolução desta situação.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aceitou esta semana a demissão de Fernando Araújo da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou esta tarde a tutela em nota de imprensa.
A tutela sublinha que a cessação do mandato se tornará efetiva assim que o relatório de atividade da direção executiva do SNS e respetivo ponto de situação, que foi pedido pela tutela previamente, for entregue, apontando um “prazo de cerca de 60 dias”.
“No devido tempo será conhecida a solução para a direção executiva, que terá a missão de realizar efetivas reformas, incluindo na gestão operacional e prestação de cuidados, que são inadiáveis para virar a página em defesa do SNS, e finalmente remediar a pesada herança que tanto prejudica o acesso, em tempo e qualidade, à saúde, em especial pelas pessoas mais vulneráveis”, acrescenta o ministério na mesma nota.
O diretor-executivo do SNS anunciou a 22 de abril a intenção de se demitir do cargo, em conjunto com a sua equipa — uma “difícil decisão” que permitirá à nova tutela “executar as políticas e as medidas que considere necessárias, com a celeridade exigida, evitando que a atual DE-SNS possa ser considerada um obstáculo à sua concretização”, justificou.