Os temas da educação, economia verde, salário médio e o governo dos Açores, foram os temas mais debatidos entre Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, e Inês Sousa Real, líder do PAN, num frente-a-frente mediado pela SIC Notícias.
No tema da educação, os dois partidos colocaram-se lado a lado, esperando pela divulgação do relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, de forma a saber qual o valor desta medida.
No entanto, como resposta rápida à situação que se vive nas escolas portuguesas, a Iniciativa Liberal revela que a solução é “convidar professores reformados que tenham energia para voltarem à escola, acumulando pensão e rendimento, colocar a remuneração competitiva na função pública, e dar autonomia para as escolas de forma progressiva”.
Sobre o atual cenário político dos Açores, os dois partidos deixaram em aberto a viabilização de um governo, depois de fazerem uma análise às medidas.
Passando às questões económicas, e relativamente ao salário médio, a Iniciativa Liberal defende que, até 2028, os portugueses recebam 1.500 euros líquidos, e pretende chegar a estes valores com a “redução de impostos, IRS, e crescimento económico”, caso contrário “estamos a dizer aos jovens que têm de sair de Portugal”.
Já Inês Sousa Real defende que “os impostos devem ser atualizados à taxa de inflação, e o IRC deve ter uma redução até 17%” e revela que o partido vai apresentar um IRS próprio para os jovens. Em concreto, o partido de Inês Sousa Real apresenta duas propostas, “que o salário mínimo cresça até 1.100 euros até ao final da legislatura e, ao mesmo tempo, dar benefícios às empresas que tenham boas práticas para que consigam aumentar os salários médios”.
O debate entre os dois políticos aqueceu quando se abordou o tema da energia nuclear, com o PAN a mostrar-se contra este tipo de energia, sublinhando que “Portugal tem um grave problema estrutural de seca” e que esta tecnologia “depende da água para o arrefecimento das suas turbinas”. Já o líder da Iniciativa Liberal salienta que o nosso país tem um grande potencial para as energias renováveis, sendo, no entanto, necessária “uma energia de base que garanta que não há intermitências no abastecimento; podemos ter duas energia nuclear e gás”. Rui Rocha sublinha que o partido só é a favor desta energia caso se confirme que é economicamente viável.
Rui Rocha sustenta ainda que “temos soluções para o ambiente e para a transição energética, queremos encurtar os licenciamentos de centrais fotovoltaicas, instalar sistemas de retorno em todo o país, queremos apostar na descarbonização de transportes e na sua descarbonização e precisamos de aumentar a capacidade de retenção de água, apostar no aproveitamento de águas residuais”.