O governo de Luís Montenegro vai mesmo avançar com a privatização da TAP. A intenção foi confirmada esta quarta-feira, com a divulgação do programa de governo. Não é, no entanto, novidade, uma vez que a vontade de avançar com a privatização da companhia aérea já tinha sido manifestada durante a campanha eleitoral.

Ainda assim, não é conhecido se o executivo pretende avançar para uma privatização total ou parcial, dado o facto de no programa constar apenas a intenção do lançamento do “processo de privatização do capital social da TAP”.

Importa lembrar que, em setembro, Fernando Medina, então ministro das Finanças, anunciava a aprovação de “pelo menos 51%” do capital da TAP, ficando 5% da empresa reservada para os trabalhadores. O anterior governo pretendia terminar o processo de privatização no primeiro semestre deste ano.

No programa de governo, o executivo lembra que os “sectores da aviação e aeroportuário têm sido dominados na última década por decisões e indecisões paralisantes”, nomeadamente a “falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado e o adiamento da escolha da melhor opção de expansão, bem como o atribulado processo de nacionalização da TAP, que deixa a companhia numa encruzilhada quanto ao futuro”.