O governo britânico apelou hoje aos seus cidadãos para que abandonem o Líbano “agora”, “enquanto as ligações comerciais estiverem disponíveis”, num contexto de receio crescente de uma nova escalada militar entre Israel e o Hezbollah.

“As tensões são elevadas e a situação pode deteriorar-se rapidamente (…). A minha mensagem para os cidadãos britânicos é clara: saiam agora”, declarou o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy.

A embaixada dos Estados Unidos no Líbano também instou hoje os seus cidadãos a abandonar o país, com “qualquer bilhete de avião disponível”, face aos receios crescentes de uma guerra total entre Israel e o Hezbollah. Apesar das suspensões e cancelamentos de voos para Beirute, capital do país, “as opções de transporte comercial para sair do Líbano continuam disponíveis”, afirmou a embaixada, em comunicado citado pela AFP.

“Encorajamos aqueles que desejam deixar o Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que esse voo não parta imediatamente ou siga a rota da sua escolha”, refere a mesma nota.

Os receios de uma conflagração regional aumentaram hoje no Médio Oriente, onde os Estados Unidos reforçaram as suas forças militares, na sequência do assassínio atribuído a Israel do líder do Hamas e da morte, num ataque israelita, de um alto responsável do Hezbollah, que Teerão e o movimento libanês prometeram vingar.

No sábado, a Suécia anunciou o encerramento da sua embaixada em Beirute, depois de ter aconselhado milhares de cidadãos a abandonar o país, e a França apelou aos seus cidadãos que visitam o Irão para que partam “o mais rapidamente possível”.

De acordo com uma fonte de segurança libanesa, um membro do Hezbollah foi morto hoje num ataque de um “drone israelita” a um veículo no sul do Líbano.