A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exigiu esta quarta-feira um aumento salarial de, pelo menos, 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores, a partir de janeiro de 2024. “A nossa proposta é muito diferente daquela que foi apresentada esta manhã. É de um aumento de 15%” para todos os trabalhadores, afirmou o líder da Frente Comum, Sebastião Santana.

A Frente Comum, afeta à CGTP, aprovou o texto final da proposta reivindicativa e promoveu uma concentração em frente à presidência do Conselho de Ministros, seguida de uma deslocação à residência oficial do primeiro-ministro.

A proposta da Frente Comum prevê um aumento do salário mínimo na administração pública para 920 euros a partir de janeiro, atingindo os mil euros durante 2024.

O Governo propôs um aumento salarial de cerca de 52 euros ou 2% em 2024 para os trabalhadores da administração pública, mantendo os valores que estavam previstos no acordo assinado há um ano. A secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, disse que a proposta de aumento salarial apresentada aos sindicatos é um “ponto de partida” para negociar, indicando que a valorização poderá também ser feita através de outras medidas.

“O aumento que estamos a pôr em cima da mesa vai de 6,8% na base [remuneratória] até 2% no topo”, disse Inês Ramires, indicando que a base remuneratória da administração pública ficará em cerca de 821 euros no próximo ano, face aos 769,20 euros atuais.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) defendeu hoje que o Governo tem margem para melhorar a proposta de aumentos salariais para 2024, defendendo que o acordo assinado com estruturas da UGT “é um acordo de mínimos”.

A Fesap defende uma atualização salarial de 6% com um mínimo de 80 euros no próximo ano e uma subida do subsídio de alimentação dos atuais seis euros para 7,50 euros por dia.