FNAM anuncia greve a 17 e 18 de outubro

Joana Bordalo e Sá acusa o governo de querer “legislar unilateralmente, sem a concordância dos sindicatos” o novo regime de dedicação plena e a grelha salarial associada, “agravando as condições de trabalho” dos médicos do Serviço Nacional de Saúde.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) anunciou hoje nova greve, a 17 e 18 de outubro, em resposta à posição do Governo de “legislar unilateralmente” o novo regime de dedicação plena, sem a concordância dos sindicatos.

Justificando a nova greve, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, disse à Lusa, à saída da sétima reunião negocial extraordinária no Ministério da Saúde, que o Governo “vai legislar unilateralmente, sem a concordância dos sindicatos”, o novo regime de dedicação plena e a grelha salarial associada, “agravando as condições de trabalho” dos médicos do Serviço Nacional de Saúde.

A FNAM já tinha agendado dois dias de greve nacional para 14 e 15 de novembro e uma manifestação à porta do Ministério da Saúde, em Lisboa, para 14 de novembro. Em julho e agosto, os médicos cumpriram dois dias de greve, promovida igualmente pela FNAM.

As negociações entre Governo e sindicatos dos médicos iniciaram-se em 2022, com prazo até final de junho, que foi entretanto prolongado, sem que as partes tenham chegado a consenso.