A Fenprof discorda do estudo que conclui que a dificuldade em substituir professores de baixa é o principal motivo para os casos de alunos sem aulas, lembrando que o ano letivo começou com falta de docentes nas escolas.

“Logo no início do ano, a 1 de setembro, faltam professores em escolas. Podia dizer que na lista ainda há professores para essas disciplinas, mas são professores que moram em Viana do Castelo, em Braga, em Vila Real, e que têm os horários em Lisboa ou no Algarve, onde é proibitivo serem colocados porque não têm sequer um salário que lhes permita isso”, disse à Lusa o líder da Fenprof, Mário Nogueira.

O responsável reagia ao estudo do ISCTE, lançado hoje pelo Edulog (um think tank da Fundação Belmiro de Azevedo direcionado para a área da educação), segundo o qual não há falta de professores para as colocações permanentes e anuais, mas sim dificuldade em substituir docentes de baixa.

Ressalvando ainda não ter lido o estudo completo, Mário Nogueira disse discordar deste princípio: “Se assim fosse, as carências surgiam apenas ao longo do ano e isso não é verdade”, afirmou Mário Nogueira, referindo que, neste momento, o número de alunos sem todos os professores ronda os 40 mil a 45 mil, “bastante inferior ao do início do ano, em que ultrapassava os 100 mil”.