O exército israelita disse hoje que matou um líder militar palestiniano, vários milicianos do Hamas e a fundadora do braço feminino do grupo islamita palestiniano em Gaza, além de ter destruído centenas de instalações.
De acordo os serviços de informação israelitas, aviões de guerra abateram o líder da Comités de Resistência Popular, Rafat Harb Hussein Abu Hilal, em Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito, afirmou Daniel Hagari, porta-voz do exército israelita, na rede social X.
מטוסי קרב של צה״ל, בהכוונת מידע מודיעיני של שב"כ, חיסלו את ראש הזרוע הצבאית של ארגון הטרור "ועדות ההתנגדות העממית" ברפיח, ראפת חרב חסין אבו הלאל.
— דובר צה״ל דניאל הגרי – Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) October 19, 2023
Os Comités de Resistência Popular são a terceira maior milícia na Faixa de Gaza, depois do Hamas e da ‘Jihad’ Islâmica Palestiniana.
“As Forças de Defesa de Israel continuam hoje a atacar a Faixa de Gaza”, visando “centenas de estruturas terroristas do Hamas, incluindo dezenas em Shujaiya”, um bairro da cidade de Gaza, disse um outro porta-voz do Exército israelita.
Entre as estruturas que foram atacadas estavam locais de lançamento de mísseis antitanque, túneis, infraestruturas de informação e centros de comando adicionais, bem como dezenas de lançadores de morteiros.
“Durante os combates, numerosos agentes terroristas do Hamas pertencentes às forças Nukbha [força de elite], que lideraram a invasão bárbara” das comunidades israelitas, foram atacados, acrescentou o porta-voz, assegurando que mais de 10 milicianos foram mortos num “ataque aéreo de precisão”.
O exército israelita diz também ter matado hoje Jamila Abdullah Taha al-Shanti, membro do Conselho Legislativo Palestiniano – o parlamento palestiniano – e fundadora do braço feminino do Hamas, num bombardeamento na Faixa de Gaza.
“O Conselho Legislativo lamenta a morte da deputada Jamila al-Shanti, morta hoje de madrugada durante os bombardeamentos na Faixa de Gaza”, lê-se num comunicado partilhado pelo jornal palestiniano Filastin, ligado ao grupo armado, através da rede social Telegram.
A parlamentar, de 68 anos, é viúva de Abdelaziz al-Rantisi, que foi cofundador do grupo islâmico palestiniano com o xeque Ahmed Yassin e morto em abril de 2004 num ataque aéreo realizado pelo exército israelita em Gaza.