O Governo comprometeu-se a “encetar, com caráter prioritário, um processo de dignificação das carreiras e de valorização profissional e remuneratória dos homens e mulheres que servem nas forças de segurança, estimulando e impulsionando as adequadas motivações profissionais desde a base da pirâmide até às chefias e procurando recuperar a atratividade das carreiras de segurança” – lê-se no Programa do Governo divulgado esta quarta-feira.
Tal como anunciou o NOVO esta quarta feira, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, é uma defensora da valorização das carreiras, tendo-o dito aos polícias uns dias antes da sua nomeação para titular da pasta. Aquilo que disse a 20 de março, e que o NOVO noticiou, foi transposto, na íntegra para o Programa do Governo.
De acordo com o documento agora divulgado, o Executivo promete também “assegurar condições aos profissionais das forças de segurança que se encontrem deslocados, nomeadamente através de apoios ao alojamento e das suas famílias, promovendo um maior equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar”.
Por outro lado, vai “reforçar a autoridade das forças de segurança e defender o agravamento do quadro sancionatório penal nos crimes praticados contra os agentes das forças de segurança”.
Os agentes que prestam serviços administrativos deverão passar a andar na rua. Conforme o documento, vai ser “reorganizada a distribuição dos agentes para as tarefas mais adequadas, garantindo policiamento de proximidade e uma análise e célere tratamento das queixas dos cidadãos, possibilitando respostas rápidas e claras, o rápido tratamento de processos de investigação, encontrando um novo modelo no domínio administrativo para libertar um maior número de agentes de forma a evitar e a libertá-los de tarefas redundantes”.
Vai haver também mexidas no mapeamento das esquadras e postos, pois o Governo quer “avaliar e rever o modelo organizativo das forças de segurança, adequando-a à nova realidade territorial”.