Cristiano Ronaldo concluiu pela primeira a fase de grupos de uma grande competição sem marcar qualquer golo, ao ficar em branco nos três primeiros jogos da Seleção Nacional no Euro’2024.
Desde a estreia no Euro’2004, Ronaldo, atualmente com 39 anos, somava 11 fases finais sempre a marcar na etapa inicial, mais precisamente em cinco edições do Mundial, cinco do Europeu e ainda uma da Taça das Confederações.
A grande especialidade do jogador do Al Nassr sempre foram as fases de grupos, nas quais apontou 21 dos seus 24 golos em fases finais, o que corresponde a 87,5%, para apenas três tentos – todos em Europeus – em encontros a eliminar (12,5%).
Ronaldo tem mais jogos em fases de grupos, num total 34, contra 20 a eliminar, mas, ainda assim, a sua média nos primeiros três encontros das competições é muito superior – 0,62 golos por jogo contra 0,15.
Com apenas 19 anos, o então jogador do Manchester United marcou logo na estreia numa fase de grupos, frente à Grécia, no jogo inaugural do Euro2004, embora o seu golo, de cabeça, após canto de Figo, não tenha evitado a derrota (1-2).
No Euro2004, não faturou nos restantes jogos da fase de grupos, mas também marcou um dos seus três golos a eliminar, novamente de cabeça, após um canto, desta vez nas meias-finais, contra os Países Baixos (2-1).
Dois anos depois, no Mundial’2006, só marcou no segundo jogo, ao Irão (2-0), de penálti, e, no Eur’+2008, também apenas faturou no segundo embate, frente à República Checa (3-1).
No Mundial’2010, ficou-se igualmente por apenas um tento, caricato, o sexto de Portugal no 7-0 à Coreia do Norte, também no segundo jogo, e, no Euro’2012, ‘bisou’ face aos Países Baixos (2-1), no terceiro jogo.
Os dois tentos face aos neerlandeses valeram o acesso aos quartos de final, nos quais voltou a marcar à República Checa (1-0), para colocar a Seleção Nacional nas meias.
No Brasil, no Mundial’2014, falhou muito até faturar ao Gana, no terceiro jogo, num triunfo (2-1) que não evitou a eliminação, e, no Euro’2016, também esperou pelo terceiro jogo, então para bisar face à Hungria (3-3).
Depois, nas meias-finais, no caminho para o título, marcou aquele que ainda é o seu último golo em jogos a eliminar, novamente de cabeça, face ao País de Gales (2-0).
Com a vitória no Euro’2016, selada por Éder no prolongamento da final com a anfitriã França (1-0), Portugal disputou a Taça das Confederações de 2017, com Ronaldo a marcar no segundo jogo, à Rússia (1-0), e no terceiro, à Nova Zelândia (4-0).
No Mundial’2018, logrou um hat-trick com a Espanha a abrir, incluindo um penálti e o livre direto que selou o 3-3 final, e um tento a Marrocos (1-0), e, no Euro2020, disputado em 2021, culpa da pandemia de covid-19, marcou nos três jogos. Bisou com a Hungria (3-0), com a ajuda de um penálti, marcou um à Alemanha (2-4) e faturou duas vezes, ambas de grande penalidade, face à França (2-2).
No Mundial’2022, estreou-se logo com um golo, ao Gana (3-2), de penálti, e, entretanto, já vai em sete jogos consecutivos em fases finais em ‘branco’, pois não mais marcou no Qatar2022, em quatro jogos, e também ainda não faturou no Euro2024.
Na sua sexta fase final em Europeus, jogou os 90 minutos com a República Checa (2-1), também esteve a tempo inteiro com a Turquia, assistindo Bruno Fernandes para o 3-0 final, e jogou até aos 66 minutos com a Geórgia (0-2).
A próxima possibilidade de marcar será na segunda-feira, nos oitavos de final do Euro’2024, face à Eslovénia, de Jan Oblak, em Frankfurt, na Alemanha, onde, certamente, estará no ‘onze’, como nos três jogos da fase de grupos.