A economia portuguesa apresentou um crescimento de 1,5% no segundo trimestre do ano em termos homólogos, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em cadeia, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou uma subida de 0,1%, o que significa um crescimento quase nulo.
Sustenta o gabinete estatístico que “o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou no segundo trimestre” com a “aceleração do investimento e do consumo privado”. Detalha ainda o INE que o contributo da procura externa foi negativo, após ter sido positivo nos dois trimestres anteriores, “tendo as importações de bens e serviços acelerado de forma mais acentuada que as exportações de bens e serviços”.
Em termos trimestrais, a economia portuguesa cresceu 0,1% em volume, com o contributo da procura interna a passar a positivo entre abril e junho, sendo que o investimento cresceu e o consumo privado desacelerou. As exportações de bens e serviços foram nulas em comparação com os primeiros três meses do ano, o que justifica o facto do contributo da procura externa ter sido negativo. Lembrar que a economia tinha crescido 0,8% no primeiro trimestre do ano.
Estes dados ficaram aquém dos resultados esperados por vários economistas, que estimava um crescimento homólogo entre 1,7% e 2,2% e um crescimento em cadeia de 0,3% e 0,8%.
Consultados pela Lusa, o barómetro CIP/ISEG apontava um crescimento entre 0,3% e 0,5% em cadeia, naquela que seria uma evolução homóloga entre 1,7% e 1,9%. O Fórum da Competitividade, por sua vez, tinha previsto uma “ligeira desaceleração” económica para o segundo trimestre face aos 0,8% dos primeiros três meses do ano, colocando o PIB a crescer entre 0,5% e 0,8% e entre 1,9% e 2,2% em termos homólogos.
O Católica Lisbon Forecasting Lab projetou um crescimento em cadeia de 0,3%, num aumento homólogo de 1,7%. Enquanto isso, a área de estudos económicos do BCP estava mais otimista, prevendo um crescimento homólogo para 1,9% e uma variação em cadeia de 0,5%. Já o BPI Research foi mais modesto na sua previsão, apontando a um crescimento trimestral de 0,3%.
