A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, defendeu, esta quinta-feira, que o país continua a “não fazer o suficiente” na implementação de medidas para a saúde mental e a obesidade.

“Continuamos ainda a não fazer aquilo que é suficiente no âmbito da saúde mental”, afirmou Rita Sá Machado, durante o Encontro de Ciência, que decorre até sexta-feira no Porto. Numa sessão plenária dedicada às doenças e terapias do futuro, a diretora-geral da Saúde destacou que a própria pandemia revelou a necessidade de, além de uma boa saúde física, “conseguirmos ser mais resilientes e mais fortes”.

A diretora-geral da Saúde defendeu ainda que é preciso fazer mais ao nível da qualidade de vida e longevidade. “A verdade é que aumentamos a nossa longevidade e ainda não fomos capazes de melhorar a qualidade. Ainda não conseguimos implementar políticas que não seguem ciclos eleitorais”, referiu.

Rita Sá Machado defendeu que é necessário traduzir rapidamente a inovação científica em “políticas para a população”.

À saúde mental e qualidade de vida, Rita Sá Machado somou o excesso de peso e obesidade. “Continuamos a falar deste elefante que está na sala, mas uma vez mais ainda não estamos a fazer o suficiente”, observou.

Destacando a implementação de estratégias como a redução do teor de sal no pão ou das imposições a bebidas açucaradas, Rita Sá Machado afirmou, no entanto, existir um “largo espetro para conseguir fazer algo” nestas doenças.