Resta apenas a direção do DN. Nesta noite, o diretor do Dinheiro Vivo (DV), Bruno Contreiras Mateus, apresentou a demissão à administração do Global Media Group (GMG), fazendo subir para 11 o número de diretores demissionários em apenas três dias. Já durante a tarde, foi conhecida a demissão em bloco das direções do JN e d’O Jogo.

A TSF, cujos trabalhadores fizeram greve no mês passado, deixando a rádio sem transmissão pela primeira vez na sua história, foi a primeira marca a perder a direção. Rui Gomes, Rosália Amorim e Artur Cassiano apresentaram a sua demissão na terça-feira, confrontados com a decisão da administração do GMG de negociar “com caráter de urgência” a rescisão de 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação do grupo. Há cerca de dois meses, quando assumiram a direção da rádio, a mesma administração anunciava para a nova liderança da TSF “um novo ciclo de reforço de investimento em recursos humanos, infraestruturas e inovação”, considerados “essenciais ao crescimento e afirmação de uma marca histórica de rádio em Portugal”.

Agora, com a concretização da demissão do diretor da marca de economia do grupo, o Dinheiro Vivo — que se junta aos três diretores da TSF, aos cinco do JN e aos dois d’O Jogo –, todas as marcas ficam com direções demissionárias exceto o Diário de Notícias, que se mantém liderado por José Júdice.

Também na semana passada o JN fez dois dias de greve, com os jornal a não chegar às bancas pela primeira vez em décadas. Os jornalistas da casa decidiram também, após plenário realizado nesta quinta-feira, “tomar todas as diligências para uma eventual ação judicial contra o Global Media Group e preparar ações de luta conjuntas com outros títulos e restantes áreas da empresa”, expressando a sua solidariedade com todas as direções demissionárias.

As demissões têm todas na base os anunciados despedimentos, que a administração considera serem essenciais para evitar a falência do grupo.