A Comunidade Israelita de Lisboa promove hoje uma vigília solidária pelas vítimas dos ataques a Israel, que “vitimaram centenas de pessoas, a umas roubando a vida, a outras o direito ao futuro, impactando milhares de famílias e marcando para sempre todo um povo”. O encontro está marcado para as 21h00, no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Tem sido neste local que a Comunidade Israelita de Lisboa tem celebrado o Chanukkah, cerimónia da maior importância para os judeus e que simboliza a vitória da luz sobre as trevas.

“Apesar de este não ser o tempo da Chanukkah, este é seguramente o tempo de afirmar os valores da vida, do direito à paz e à Segurança e de alimentar o sentimento de esperança”, defende David Botelho, presidente da Comunidade Israelita de Lisboa. “Faremos uma vigília pelas vítimas e por Israel, lembrando os que caíram às mãos do terrorismo, que merece inequívoca condenação e combate, mas que não triunfará nem desmobilizará o Estado e o povo de Israel na defesa da sua soberania, integridade territorial e população. Estes merecem o nosso apoio e toda a nossa solidariedade e por isso nos juntaremos mais logo, para mostrarmos que estamos unidos na condenação ao terrorismo, no apoio às vítimas e suas famílias e desejosos que a Paz possa prevalecer”.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação Tempestade al-Aqsa, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar. Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como Espadas de Ferro.

As autoridades israelitas confirmaram mais de 900 mortos e 2.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas – apoiada pela Jihad Islâmica –, enquanto mais de 680 palestinianos morreram e 3.700 ficaram feridos na sequência de bombardeamentos e ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, aos quais se somam mais de 15 em operações e confrontos com forças israelitas na Cisjordânia.