Existem muitos tipos de burla online. São cada vez mais engenhosas, podendo mesmo fazer o consumidor acreditar que se trata de algo real. As mais comuns são as mensagens fraudulentas e as tentativas de phishing, via email, mensagens WhatsApp ou SMS.
O envio de mensagens fraudulentas é uma prática comum no mundo do cibercrime. Clonagem de cartões ou roubo de dados bancários, mensagens em nome de marcas e entidades credíveis, mensagens em nome de familiares, mensagens que levam o consumidor a clicar em links fraudulentos… São vários os esquemas que circulam por aí e aos quais devemos estar atentos.
Diariamente, ao Portal da Queixa chegam reclamações sobre burlas ou tentativas nesse sentido. Através de sites fraudulentos, mas aparentemente credíveis, através de mensagens que se fazem passar por entidades conhecidas, burlas através do MB Way, entre outras.
De destacar, a recente burla “Olá pai/Olá mãe”, que tem vindo a ser denunciada na plataforma e que tem levado vários consumidores a serem burlados em quantias consideráveis. Por isso mesmo, melhorar a Literacia Digital é muito importante, a fim de evitar estes roubos. O movimento #NãoSejasPato surge precisamente com esse propósito, para ajudar os consumidores a navegar de forma segura e consciente.
Quais os principais sinais de estar perante uma situação de burla? Mensagens que incitam o consumidor a clicar em algum link duvidoso, são consideradas fraude por phishing, uma prática comum no cibercrime, que leva o consumidor a partilhar dados pessoais ou bancários. É importante verificar o remetente, ter atenção à escrita e à comunicação e pesquisar sobre a entidade que envia a mensagem, antes de qualquer ação. O mesmo se aplica a contactos fraudulentos por e-mail.
Também é importante criar sempre passwords seguras, que sejam alteradas com frequência. Não é aconselhável partilhar, em nenhum momento, dados bancários ou pessoais por mensagem, Messenger ou WhatsApp. Pode optar por partilhar a informação por um canal seguro, como o Gmail, Google Drive, Dropbox ou outro.
Sempre que navegar online, faça-o em sites seguros. Como sabê-lo? Pode confirmar a sua segurança através da certificação SSL, que se traduz num cadeado antes do endereço URL. No caso de compras online, certifique-se sempre que a loja dispõe de política de cancelamento e devolução, serviço de apoio ao cliente que dá resposta correta no idioma sempre que necessário e endereço fiscal.
Nas redes sociais, a duplicação de perfis de marcas, celebridades ou influencers é real e cada vez mais comum. Existem perfis falsos de giveaways (ofertas através de passatempos) que levam o consumidor a partilhar os dados pessoais ou cartão de crédito em plataformas desconhecidas. Existem perfis que enviam mensagem em massa a dizer que foi vencedor de um sorteio, incitando a clicar em links fraudulentos, ou mesmo os que oferecem produtos diretamente. Em todos eles, há algo que os denuncia: por norma, o discurso é duvidoso, já que muitas vezes a tentativa de ataque é feita por hackers internacionais que não dominam totalmente o idioma e que, claro, pedem sempre dados do cartão de crédito ou para subscrever alguma plataforma que leve o consumidor à partilha de tal informação.
Em suma, perante uma tentativa de burla, é sempre muito importante pesquisar mais informação a respeito e alertar a entidade. Ajuda, igualmente, não agir impulsivamente, mesmo que receba uma mensagem de que tem uma fatura de eletricidade pendente ou que tem um familiar aparentemente em apuros e a precisar de uma transferência urgente. Nestes casos, é importante contactar de imediato o emissor e perceber se a situação é mesmo real, bem como contactar a entidade antes de efetuar o pagamento de uma cobrança que surgiu inesperadamente.
Além disso, a partilha de informação capacita os consumidores. No Portal da Queixa, pode obter mais informação sobre estas fraudes, mas também é importante partilhar e denunciar caso passe por uma situação semelhante, a fim de ajudar outros consumidores nesse sentido.
O #NãoSejasPato é um espaço onde procuramos, todas as semanas, responder às dúvidas da sociedade de consumo e a questões da atualidade, que conta com a parceria do Portal da Queixa by Consumers Trust.
