A comissão executiva da Global Media anunciou este sábado que vai “realizar uma auditoria a todas as decisões, operações e negócios que conduziram ao estado atual”. Em comunicado, o representante do World Opportunity Fund admite “recorrer a outras instâncias” para “apurar eventuais responsáveis por situações menos claras e que indiciam em alguns casos uma gestão, no mínimo, pouco transparente”.

Em resposta ao que classificam como um “insólito comunicado subscrito pelos acionistas Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira”, a comissão executiva da Global Media afirma que “as dificuldades financeiras existentes do grupo não são novas e a reestruturação aprovada e em curso é indispensável para a sobrevivência do grupo”.

“Ao longo dos dois meses e meio em que está em funções, esta comissão executiva, órgão esse em que o acionista Marco Galinha tem assento, não tem deixado de, pese todos os incumprimentos, envidar todos os esforços para dignificar e preservar os títulos do Global Media e os seus trabalhadores. Todas as decisões relevantes para o grupo, incluindo o plano de reestruturação, foram atempadamente apresentadas por esta comissão executiva ao conselho de administração, bem como, também, a todos os seus acionistas, tendo  recebido deles, sem qualquer exceção, o seu pleno e inequívoco apoio”, esclarece.

E garante que, na última reunião de acionistas, realizada a 15 de dezembro, após terem sido expostas “algumas situações e procedimentos detetados que suscitaram sérias dúvidas quanto à sua legalidade e transparência”, foi solicitado “aos acionistas que fizessem algum esforço financeiro no sentido de minorar a difícil situação existente a nível financeiro”, mas esse pedido “foi liminarmente rejeitado”.

“No entanto, no decurso da citada reunião, os acionistas decidiram transmitir a esta comissão executiva um voto de confiança e reafirmar o seu  apoio ao plano de reestruturação em curso”, conclui.