Cláudia Pascoal trouxe a tradição popular portuguesa e o “bailarico” ao Palco MEO no último dia da terceira edição do MEO Kalorama com temas do seu último álbum !! e também o mais recente single Três É Demais, recebendo em palco um dos artistas com quem canta o tema, Mike El Nite.
Após o concerto, a cantora falou com o NOVO sobre a sua presença no festival, dos projetos lançados neste verão e também do que tem reservado ainda para este ano.
Tens tido um verão preenchido com concertos, como te sentes depois deste concerto?
Sinto-me muito, muito contente, apesar de ser um concerto muito apressado, porque assim o tem de ser. Acho que consegui divulgar bem o que é o meu segundo álbum, tem sido esta transformação desde 2018 até agora… E o que verdadeiramente gosto é ter amigos em palco, ter uma equipa que são amigos de há 10 anos comigo e na estrada e mostrar aquilo que gosto de fazer que é criar e mudar concerto a concerto.
Costumas fazer a personalização dos teus concertos…
Exatamente.
Em que pensaste para este concerto quando te convidaram?
Para este, na verdade, eu tinha muitas ideias, mas fiz exatamente o oposto, porque disseram-me que, afinal, o concerto tinha que ter 45 minutos… Então fiz uma coisa que nunca fiz em nenhum concerto, que foi tirar coisas, tirar ideias e não as colocar (risos). Também foi um exercício muito interessante, perceber realmente o que é que agarra, o que é que quero transmitir em 45 minutos e, portanto, acho que o fiz muito bem, estou contente com a setlist que apresentei.
Quanto a temas em palco, qual foi aquele em que divertiste mais?
É difícil escolher, Eh Para a Frente, Eh Para Trás tem um lado mais especial para comigo, dediquei à minha avó, porque assim o senti, sinto-me particularmente emocional relativamente à minha família. Mas partilhar a Três É Demais com o próprio cantor Mike El Nite… Foi mesmo muito especial tê-lo ao meu lado.
Falando do tema Três É Demais, como foi o processo para chegar a este tema?
Olha, veio de onde devem vir todas as canções, veio de uma tasca. Combinei ir à tasca almoçar com o Mike El Nite, eu comi rissóis, ele comeu um bifinho de peru e surgiu na mesa… Surgiu naqueles papéis brancos que tipicamente vemos na mesa tasca, com uma caneta e foi feita muito muito rapidamente. Na altura, estava a trabalhar com Rebeca noutro projeto, portanto fez-nos todo o sentido juntá-la à equação e foi das músicas mais rápidas e mais prazerosas que já fiz em toda a minha vida.
Este verão lançaste um pequeno documentário sobre o teu último álbum…
Sim.
Porque sentiste necessidade fazer este documentário?
Acho que é mostrar o trabalho que dá… Essencialmente à minha família, não é para o público geral, é para mostrar à minha família que, de facto, fazer este meu trabalho custa bastante e gostava muito, quase de uma forma gabarolas, de dizer ao mundo e que fique registado para todo o infinito que eu trabalhei com Filipe Melo, com David Fonseca, com Manuela Azevedo, com o António, que é o Marante… São nomes para mim muito, muito importantes, que eu queria que fossem recordados para toda a eternidade.
No que toca a nomes com quem já trabalhaste, tens alguém com quem gostarias de trabalhar futuramente?
Não vou me cansar nunca de fazer canções com artistas que admiro. Neste momento estou a acabar uma canção que ainda vai sair este ano, com uma artista portuguesa, não posso revelar porque ela não me deixa, mas deixa-me só dizer que acho que a piada vai ser muito fácil de se fazer.
Editado por João G. Oliveira