O telemóvel de Sandra Madureira foi copiado um dia antes de os arguidos da Operação Pretoriano conhecerem as medidas de coação. Fernando Madureira mudou de posição e acabou por o PIN do seu telemóvel às autoridades, para mostrar ao juiz que queria colaborar no processo e, dessa forma, evitar a prisão preventiva.

As autoridades conseguiram aceder também ao telemóvel da mulher do líder dos Super Dragões, porque os dois partilham os mesmos códigos. De acordo com o Correio da Manhã (acesso pago), esta partilha existe por causa dos ciúmes de Sandra Madureira, que quer ter acesso permanente  ao telemóvel do marido.

Foi feita uma cópia cega dos dois telemóveis, que foram enviadas para Pedro Miguel Vieira, juiz de instrução da Operação Pretoriano, que terá de validar a apreensão do conteúdo. Depois de dado o OK, segue para o Ministério Público, que indica o que será transcrito e adicionado ao processo. Também poderão ser extraídas certidões para serem enviadas para outro processo ou iniciar nova investigação.

Recorde-se que o Ministério Público também vai investigar branqueamento de capitais no negócio dos bilhetes do FC Porto e que existe outra investigação sobre os ataques a André Villas-Boas, nomeadamente o ataque ao segurança do prédio do ex-treinador azul e branco. A vítima tem mais de 70 anos e continua internada, depois de lhe terem sido fraturados ambos os joelhos.