O líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, disse hoje que as negociações com o executivo regional para consensualizar um Programa do Governo terminaram, mas remeteu a divulgação do sentido de voto para a votação no parlamento do arquipélago.

“Foi uma reunião que já terminou […]. Nós já não vamos prestar declarações”, afirmou o responsável regional do Chega aos jornalistas à saída de mais uma reunião com elementos do executivo madeirense, no Funchal.

Miguel Castro apenas referiu que em democracia “vale sempre a pena negociar”, indicando que não haverá mais reuniões e que os deputados do partido vão “decidir o que vão fazer”.

O deputado regional falava depois de várias reuniões com os representantes do executivo em que, conforme disse anteriormente, insistiu num “braço de ferro” para o afastamento do presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque, arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção.

Contudo, Albuquerque rejeitou essa possibilidade e o secretário da Educação, Ciência e Tecnologia, que tutela os Assuntos Parlamentares, Jorge Carvalho, assegurou que estavam a ser negociadas medidas dos partidos para incluir no Programa, não estando esta exigência em cima da mesa.

No passado dia 19, Miguel Albuquerque anunciou a retirada do documento da discussão que decorria no parlamento madeirense há dois dias e com votação prevista para o dia seguinte sob forma de moção de confiança. O documento seria chumbado, uma vez que PS, JPP e Chega, que somam um total de 24 deputados dos 47 do hemiciclo (o correspondente a uma maioria absoluta), anunciaram o voto contra.

Neste cenário, o Governo Regional convidou os partidos com assento parlamentar para reuniões visando consensualizar um Programa de Governo. PS e JPP rejeitaram. Após as negociações (sem a presença de Albuquerque nos encontros), o deputado único da IL informou que iria abster-se e a eleita do PAN mostrou-se disponível para viabilizar a proposta.