O líder do Chega considerou esta terça-feira, 14 de maio, que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) fracassou e pediu o regresso do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), acusando o Governo de ser “frouxo com a imigração”.
Em declarações aos jornalistas num hotel em Lisboa, antes da apresentação do programa do Chega para as europeias, André Ventura defendeu que se tem assistido nas televisões “ao fracasso absoluto e em direto de uma agência que nunca devia ter sido criada”.
O líder do Chega sustentou que a AIMA foi um “enorme fracasso do Governo anterior, e que o Governo de Luís Montenegro insiste em prolongar”, alegando que, com a extinção do SEF, não houve “nenhuma agilização do processo de regularização” de imigrantes e “perdeu-se toda a competência policial”.
“O que hoje ocorreu mostra o descontrolo em que a imigração em Portugal se encontra. (…) É o falhanço absoluto da estratégia de imigração do Governo”, disse, alegando que “o país está sujeito a ser suspenso do espaço Schengen”.
André Ventura disse que o PSD e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestaram-se contra a criação da AIMA, e tinham-se comprometido na campanha eleitoral a “reverter a extinção do SEF”, acusando-os de estarem a recuar em promessas eleitorais.
“Agora dizem que afinal vão manter a AIMA, porque a União Europeia (UE) isto e aquilo. Ou seja, estão a voltar atrás com o que prometeram: são frouxos com a imigração e com o controlo da imigração”, disse.
Questionado sobre se o SEF deve regressar, André Ventura disse que sim e que se devem recuperar os seus inspetores, “que têm um ‘know-how’ que mais ninguém tem”.
“Mas acima de tudo é importante restabelecermos uma regra básica que eu acho que quem nos está a ver compreende: só entra em Portugal quem tem ou contrato de trabalho, ou promessa de contrato de trabalho, ou pelo menos um meio de habitação”, afirmou.