João Galamba, ex-ministro do Partido Socialista, que se viu obrigado a demitir-se, depois de vários ameaços não concretizados e envolto em inúmeras polémicas, mentiras e incompetências, vem agora dizer à CNN que Alexandra Leitão e o Presidente da República o “desqualificaram enquanto ministro”. Está, como é evidente, enganado. Não foi necessária qualquer ação por parte dos citados para que isso acontecesse, foi o próprio Galamba com as suas galambices que demonstrou a sua inaptidão e desqualificação para ocupar esse cargo. Já nem falo das mentiras que o colocaram, juntamente com Pedro Nuno Santos, na capa do Polígrafo, como protagonistas da “Mentira Nacional do ano”, na rubrica “2023 em revista”. É só lembrarmo-nos de toda a sua postura como político para virem à memória qualificativos como imaturidade, amadorismo, falta de profissionalismo, entre tantas outras descrições da sua atuação enquanto ocupava os cargos que o governo do PS lhe confiou.

Talvez as pessoas não tenham percebido mas, no fundo, isto tudo não passa de uma ode de João Galamba à música portuguesa. Num dueto com Pedro Nuno Santos do “Eu sei que não sou sincero”, a partir de “Um grande, grande amor” a José Sócrates para, já no episódio surreal do “Bate, bate, bate” do assessor Frederico Pinheiro ao “Chamem a polícia”, pôs-se a “Dançar na corda bamba”, chegando ao “Não posso mais”, quando finalmente se demitiu. Agora está numa de se queixar do “menino” Marcelo e da “colega de carteira” Alexandra. É natural, ela está a ter protagonismo e a construir um caminho sólido na política, coisa que ele desejou, mas não fez. Nunca a música “oh mãe, aquele puto bateu-me” fez tanto sentido. É pena que João Galamba ainda não tenha crescido para perceber e reconhecer os seus erros, interiorizando, quando olha para Alexandra Leitão, que se calhar “Não és tu, sou eu”. Na realidade, ele representa o que o seu partido foi nos últimos anos em Portugal: uma “Chaga”.