Certificados de aforro sobem em julho para 33,61 mil milhões mas procura abrandou
Saldo dos certificados de aforro aumentou 390 milhões de euros em julho face ao mês anterior, sendo esta a subida mensal mais baixa desde agosto de 2022.
O valor aplicado em certificados de aforro voltou a aumentar em julho, totalizando 33,61 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal hoje divulgados, mas o ritmo de subida abrandou.
De acordo com a mesma informação, o saldo dos certificados de aforro aumentou 390 milhões de euros em julho face ao mês anterior, sendo esta a subida mensal mais baixa desde agosto de 2022.
Já em junho – mês em que entrou em comercialização uma nova série de certificados de aforro (a série F), com uma taxa de juro menos atrativa do que a proporcionada pela anterior série E –, a procura pelos certificados tinha abrandado, com o valor total aplicado neste produto de aforro a registar uma subida de 670 milhões de euros.
A subida das Euribor, indexante que integra a fórmula de cálculo da remuneração dos certificados de aforro, e a manutenção em níveis mínimos das taxas de juro dos tradicionais depósitos a prazo levaram muitos particulares a aplicar parte das suas poupanças nestes títulos de dívida pública.
Esta subida foi particularmente sentida a partir do último trimestre do ano passado, altura em que o saldo dos certificados de aforro então em comercialização (da série E) chegou a registar aumentos superiores a 2 mil milhões de euros mensais. A maior subida mensal, registada em março de 2023, rondou mesmo os 3,5 mil milhões de euros.
Recorde-se que os certificados de aforro desta série, cuja comercialização foi encerrada, oferecem uma taxa-base bruta de até 3,5%, a que acresce um prémio de permanência.
Já a série de certificados de aforro em comercialização desde junho oferece uma taxa de juro-base bruta que pode ir, no máximo, até aos 2,5%, acrescida de um prémio de permanência que nos últimos dois anos do prazo (14.º e 15.º anos) é de 1,75%.
A mesma informação estatística hoje divulgada revela, por outro lado, que a procura dos particulares pelos certificados do Tesouro continua em queda.
Segundo os dados do BdP, o saldo dos certificados do Tesouro era, em julho, de 12.079 milhões de euros, recuando face aos 12.296 milhões de euros registados no mês anterior. Um ano antes, o montante aplicado em certificados do Tesouro era de 17.192 milhões de euros.