Mário Centeno recuou e, depois do desmentido de Marcelo Rebelo de Sousa, admite que “não foi convidado pelo Presidente da República para chefiar o governo”.
Num comunicado, publicado no site do Banco de Portugal, Mário Centeno explica que o convite foi feito por António Costa e “resultou das conversas que o senhor primeiro-ministro teve com o senhor Presidente da República”.
“Na sequência dos eventos desencadeados com a demissão do primeiro-ministro, no dia 7 de novembro, este convidou-me a refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de primeiro-ministro. O convite para essa reflexão resultou das conversas que o senhor primeiro-ministro teve com o senhor Presidente da República. Num exercício de cidadania, aceitei refletir”, diz o governador do Banco de Portugal.
Centeno explica ainda que “nunca houve uma aceitação do cargo, mas apenas uma concordância em continuar a reflexão e finalizá-la em função da decisão” de Marcelo Rebelo de Sousa.
“O Presidente da República, depois da realização do Conselho de Estado, no dia 9 de novembro, optou pela dissolução da Assembleia da República. Em resultado desta opção, é inequívoco que o Presidente da República não me convidou para chefiar o governo”, conclui o ex-ministro das Finanças.
Mário Centeno disse, em declarações ao Financial Times, que teve “um convite do Presidente da República e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o governo”.
Mas, depois do desmentido de Belém, recuou e garantiu que não foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa.