O CDS exige que António Costa apresente “imediatamente” a demissão, na sequência das buscas realizadas esta manhã à residência oficial do primeiro-ministro, e que Marcelo Rebelo de Sousa dissolva o parlamento e marque eleições antecipadas, para “permitir o início de um novo ciclo de esperança para os portugueses”.
“Face à gravidade da atual situação e à falência do governo socialista, o primeiro-ministro deve apresentar imediatamente a sua demissão”, escreve o partido liderado por Nuno Melo, em comunicado enviado às redações. “Não o fazendo, o CDS-PP apela ao Senhor Presidente da República para dissolver o parlamento e marcar eleições antecipadas, de forma a permitir o início de um novo ciclo de esperança para os portugueses”.
O CDS recorda o histórico de demissões do governo desde que tomou posse, no início de 2022, para pedir consequências políticas.
“Depois de 13 governantes deste governo terem sido afastados e demitidos, muitos deles em resultado de investigações criminais graves, as investigações agora em curso a governantes e a ex governantes deste governo, não podem deixar de ter mais sérias consequências políticas”.
Para sublinhar a gravidade deste caso, o CDS sublinha que “pela primeira vez na história da democracia portuguesa, a residência oficial do primeiro-ministro em funções está a ser objeto de buscas judiciais por crimes de corrupção e tráfico de influências”.
Para o CDS, “é todo o governo que é necessariamente visado e nessa medida, é o próprio primeiro-ministro que fica envolvido”.
“Quando o chefe de gabinete do primeiro-ministro é detido, não há como argumentar com desconhecimento ou distanciamento”.
“Quando o conselheiro em diversas áreas de natureza económica e melhor amigo do primeiro-ministro, escolhido para dirigir o processo de renacionalização da TAP e depois para a administração da companhia aérea pelo governo é detido, é o próprio primeiro-ministro que é envolvido”.
“Quando o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, está a ser investigado, e as buscas acontecem no âmbito do processo criminal que envolve o ministro João Galamba e o ex ministro Matos Fernandes, é o governo que está envolvido”.