Maria João Ruela disse hoje –  durante a audição na comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma – que houve “um lapso” na informação transmitida a Marcelo Rebelo de Sousa antes da comunicação que fez em dezembro, nomeadamente quanto ao hospital contactado.

Na sequência das respostas dadas ao PS sobre o hospital que terá sido contactado, o deputado André Ventura, do Chega, referiu que o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) “fala de contactos feitos” pela assessora “com o Santa Maria” e questionou se “é falso”.

A consultora do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Sociedade e Comunidades, que já tinha dito que não foi ouvida pela IGAS, insistiu que não contactou o Hospital de Santa Maria e disse desconhecer o relatório, questionando qual a fonte.

Depois de lhe ter sido transmitido que a fonte seria uma comunicação de Marcelo Rebelo de Sousa, feito a 4 de dezembro, a assessora indicou que “houve um lapso” na informação que foi passada a Marcelo nessa altura.

“Não foi um lapso do Presidente da República, foi da comunicação que foi passada ao Presidente da República sobre o hospital que tinha sido contactado. Quando o Presidente da República fez aquela conferência de imprensa um bocadinho de improviso, com base nuns papéis que estavam ali com informação que não estava correta, disse isso”, esclareceu.

Maria João Ruela salientou que “é claro para a Presidência da República, para o senhor Presidente da República e para o chefe da Casa Civil que o contacto foi feito com o Dona Estefânia”.