Carlos Moedas reiterou hoje a necessidade de reforçar a polícia em Lisboa, apontando para um sentimento de insegurança e alertando para redução de agentes da Polícia de Segurança Pública comparativamente a 2010.
“Em 2010, Lisboa tinha mais de oito mil Polícias de Segurança Pública e hoje tem 6.700, ou seja, a cidade de 2010 tinha mais policiamento que a cidade de 2024 e isso não pode continuar a acontecer”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, destacando a importância do policiamento de proximidade e reforçando que a Polícia Municipal deve ter mais competências.
Manifestando solidariedade e disponibilidade para apoiar os municípios da Área Metropolitana de Lisboa afetados por situações de desordem pública na sequência da morte de um homem baleado pela PSP, Carlos Moedas disse que, na cidade Lisboa, a noite de quarta-feira teve “um número de ocorrências normal”, em que “não houve nenhum problema a assinalar de maior”, registando apenas alguns caixotes do lixo incendiados.
Sem adiantar quais serão as conclusões desta reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, o social-democrata sublinhou que “é preciso continuar a investir” na segurança, com o reforço de meios policiais.
“A Câmara Municipal de Lisboa continuará a investir. Se for preciso mais esquadras em Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa arranja essas esquadras, mas nós precisamos disso, porque a polícia foi saindo, primeiro com o fecho das esquadras, depois foi desaparecendo daquilo que é a visibilidade pública e isso é um problema para todos os presidentes da câmara”, declarou.
Sobre o policiamento de proximidade, Carlos Moedas disse que Lisboa tem 14 projetos nos bairros da cidade, “com resultados extraordinários”, sublinhando que “é um policiamento que é essencial, porque a polícia tem de estar com as comunidades”.
“Estas comunidades, estes bairros, têm gente absolutamente incrível, gente boa que está ali a trabalhar, mas precisa de estar com a polícia no dia a dia. A polícia não pode só aparecer quando há um problema”, expôs.