Carlos Alexandre manda arrestar novamente pensão de Manuel Pinho

Decisão do juiz Carlos Alexandre ocorre na sequência de novos elementos na parte do processo EDP relativo a António Mexia e Manso Neto, ex-administradores da multinacional

O juiz Carlos Alexandre ordenou pela terceira vez o arresto da pensão de 26 mil euros mensais do ex-ministro Manuel Pinho. Isto, depois de em Maio o Tribunal da Relação ter revogado a decisão anterior.

Segundo o Correio da Manhã, que avança hoje a informação, a decisão ocorre na sequência do Ministério Público (MP) ter obtido novos elementos na parte do processo EDP relativa a António Mexia e Manso Neto, ex-administradores da multinacional.

De acordo com a SIC, que também avança com a notícia, o banco já recebeu a ordem para travar o pagamento dos 26 mil euros que o ex-ministro recebe mensalmente.

No âmbito do caso EDP, em abril deste ano, a juíza Gabriela Assunção no Tribunal Criminal de Lisboa decidiu levar a julgamento, além do ex-ministro da Economia, Alexandra Pinho, a sua ex-mulher, e também Ricardo Salgado, antigo presidente do BES, tendo ficado “suficientemente indiciada a matéria de acusação” contra os três arguidos.

Nesse sentido, Ricardo Salgado enfrenta um crime de corrupção ativa e um crime de branqueamento de capitais.

Já sob Manuel Pinho, que estava e continua em prisão domiciliária, recaem dois crimes de corrupção passiva (um deles para ato ilícito), um crime de fraude fiscal e outro de branqueamento de capitais. E Alexandra Pinho foi acusada de crimes de branqueamento de capitais e de fraude fiscal, ambos em co-autoria com o ex-marido.

Manuel Pinho recebeu alegadamente mais de 1,2 milhões de euros do Grupo Espírito Santo (GES), entre março de 2005 e julho de 2009, enquanto ministro da Economia do executivo de José Sócrates. Verbas que, entretanto, negou ter recebido.