Joe Biden considerou que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre Donald Trump abre “um precedente perigoso” ao determinar que qualquer presidente “pode sentir-se livre para ignorar a lei”, sem enfrentar consequências.

“Agora, o povo americano deve fazer o que o Supremo Tribunal devia ter feito. O povo americano deve fazer um julgamento sobre o comportamento de Donald Trump”, disse o prescanoidente norte-ameri, em declarações a partir da Casa Branca, numa tentativa de mobilizar os eleitores para as eleições de novembro.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos concedeu imunidade parcial a Donald Trump no caso do ataque ao Capitólio, determinando que os atos “oficiais” como chefe de Estado estão protegidos, mas não os “não oficiais”.

Por seis votos contra três, os dos seis juízes conservadores contra os três progressistas, o Tribunal considerou que “o presidente não goza de qualquer imunidade pelos atos não oficiais”, mas “tem direito a pelo menos uma presunção de imunidade pelos atos oficiais”.

Donald Trump, em campanha para regressar à Casa Branca, saudou imediatamente a decisão, que qualificou de uma “grande vitória” para a democracia.

A decisão do Supremo vai provavelmente atrasar o julgamento de Trump em Washington por acusações de subversão eleitoral federal, uma vez que se opõe à decisão de um tribunal de recurso que concluiu, em fevereiro deste ano, que Trump não tinha imunidade por supostos crimes que cometeu enquanto ainda era presidente para reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020.