No planeamento urbano, é crucial a participação, a montante, na definição das estratégias de desenvolvimento territorial e, a jusante, no desenho de soluções.
Em Portugal, os processos de negociação urbanística são tendencialmente tabu, porque a judicialização crescente das decisões da administração impõem cautela ao decisores. Como consequência, resignamo-nos, na maioria dos casos, à mediocridade dos resultados de uma gestão territorial baseada na conformidade da norma, ao invés de um processo transparente de negociação, em nome de um projeto de cidade.
O Novo Aeroporto de Lisboa deve ser encarado na próxima legislatura como infraestrutura estratégica, ao serviço do desenvolvimento do País e da Área Metropolitana de Lisboa, que potencie a nossa vocação como ancestral ponte de ligação entre a Europa, África, América do Norte e América do Sul.
As cidades que temos apresentam-se igualmente frágeis sob o ponto de vista da resiliência urbana, no que se refere aos impactes gerados pelas alterações climáticas, bem como na resposta a demais riscos naturais e tecnológicos.