Na primeira entrevista em seis anos de mandato, a Procuradora-Geral da República defendeu que “não se pode querer que todos os cidadãos sejam iguais perante a lei e depois atribuir um carácter especial à figura de um primeiro-ministro”, frisou que o processo Influencer “não está arquivado” e esclareceu que o parágrafo do comunicado sobre António Costa estava feito antes do encontro em Belém com o Presidente da República. Lucília Gago disse ainda que nunca ponderou demitir-se, que é absurdo dizer-se que há uma vontade do MP “de perseguir políticos”, criticou a ministra da Justiça pelas suas declarações públicas contra o Ministério Público depois de não o ter dito pessoalmente numa audiência de três horas e deixou o alerta de que há “uma campanha orquestrada” contra o MP e essa é “uma forma de exercer pressão”.
Numa altura em que o Ministério Público está debaixo de fogo, aquele que é o investigador criminal mais conhecido do país aceitou dar uma rara entrevista. Recusa a ideia de que a sua magistratura é uma “casa desarrumada, ingerível ou indisciplinada”, sugere que se Costa fosse suspeito teria de ter sido constituído arguido quando foi ouvido e diz que, embora o MP possa ter consciência das possíveis consequências políticas das suas diligências, não pode deixar de as fazer porque senão haveria situações e pessoas “intocáveis”.
Advogados dos antigos gestores da EDP pediram mais provas anuladas porque dizem estar contaminadas. Ministério Público quer saber afinal o que pode ou não usar antes de deduzir acusação. A batalha entre os ex-responsáveis da elétrica e os procuradores está para durar.
Rita Alarcão Júdice deixou antever que o próximo Procurador-Geral da República terá de ser alguém com perfil de liderança e com capacidade de comunicar, para pôr fim à descredibilização do Ministério Público. E mostrou-se espantada com o facto de ninguém se preocupar com “a falta de controlo interno” dentro do MP.
Coordenadores do relatório do programa-piloto concluem que adesão à semana de quatro dias não diminui as receitas nem os lucros das empresas aderentes.
Daniela Martins, mãe das duas meninas gémeas que sofrem de atrofia muscular espinhal e que receberam um tratamento de 4 milhões de euros pelo SNS, será ouvida esta tarde na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso. Que perguntas lhe serão feitas pelos deputados?