As minutas da reunião do BCE em julho não revelam muito sobre os próximos passos do banco central, mantendo a dependência dos dados, embora o mercado continue apostado numa descida. Os dados sobre o mercado laboral mostram um abrandamento do crescimento salarial no segundo trimestre.
O indicador salta assim para 1.640 euros, fruto de uma subida de 6,4% em termos nominais bastante em linha com os 6,5% registados no trimestre anterior.
O INE confirmou assim a estimativa rápida do início do mês, que constitui nova descida em relação ao mês anterior, contando com o contributo decisivo da componente energética.
A subida resulta do alívio no IRS proposto pelo PS e que entrou em vigor no início deste ano, ao abrigo do OE para 2024. As retenções na fonte, em particular, desempenharam um papel crucial, com alguns contribuintes a reportarem mesmo um alívio fiscal na casa dos 10%.
Os serviços continuam a ser o foco, com o subindicador referente ao sector terciário estável em 4,1%, bastante acima da leitura nominal e do objetivo de médio prazo do BCE de 2%.
A possibilidade de uma inflação mais persistente do que se espera, um cenário que conta ainda com bastantes fatores de risco, pode obrigar a um ambiente de juros elevados durante mais tempo, com todos os efeitos negativos que tal traz a famílias e empresas.