Nuno Rebelo de Sousa vai ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito no caso das gémeas a 3 de julho, a partir das 14h00, por vídeoconferência, escreve o Observador. Os advogados Rui Patrício e Tiago da Costa Andrade já informaram a Assembleia da República, avisando que Nuno Rebelo de Sousa “vai usar do seu direito ao silêncio, e que vai fazê-lo na íntegra”.

“Se a comissão, apesar de o mesmo ter já informado que vai usar do seu direito ao silêncio, e que vai fazê-lo na íntegra, considera a audição necessária e útil, e considerando que a comissão admite, agora, a possibilidade de a audição se realizar por videoconferência, então, naturalmente, confirmamos a disponibilidade do nosso constituinte para essa videoconferência, e logo para a primeira data referida na convocatória”, referem os advogados.

Segundo o Observador, os advogados do filho de Marcelo Rebelo de Sousa sublinham que as datas propostas na primeira convocatória da Assembleia da República era incompatíveis com outros compromissos já assumidos e que a hipótese de depor por vídeoconferência só foi avançada a 21 de junho.

Nesse dia, a comissão parlamentar de inquérito voltou a requerer a presença de Nuno Rebelo de Sousa, propondo que fosse ouvido a 3 ou 12 de julho, presencialmente ou por videoconferência.

Rui Patrício e Tiago da Costa Andrade recusam também que Nuno Rebelo de Sousa tenha recusado colaborar com a comissão de inquérito, mas defendem que a mesma “não tem poderes para o convocar para comparecer perante si”, uma vez que reside no estrangeiro. Nesse sentido, os advogados recusam também que Nuno Rebelo de Sousa não poderia “incorrer num eventual crime de desobediência”, uma vez que, defendem, a comissão de inquérito não tem poderes perante cidadãos residentes fora do país.