Um ativista do clima atirou tinta verde contra Luís Montenegro durante uma ação de campanha da Aliança Democrática em Lisboa, que se preparava para visitar a Bolsa de Turismo de Lisboa, na Feira Internacional de Lisboa.

Luís Montenegro brincou com a situação, comentando que “pontaria não faltou” ao ativista, lembrando que, “se a ideia era transmitir-me a preocupação com as alterações climáticas e com as questões da sustentabilidade, era mais fácil conversar”.

“Pontaria não faltou ao jovem que me abordou. Queria apenas lamentar este episódio, mas dizer que tenho todo o respeito pelas pessoas que se manifestam e que defendem as suas causas, mas, se a ideia era transmitir-me a preocupação que todos devemos ter com as alterações climáticas e com as questões da sustentabilidade, era mais fácil termos conversado, termos dialogado acerca disso. O nosso programa eleitoral contempla várias medidas e o nosso objetivo é ter as garantias de ter uma economia forte, qualidade de vida e deixar a quem vem a seguir a nós um planeta cuidado e uma sociedade com sustentabilidade em todos os níveis”, considerou Montenegro.

O líder da Aliança Democrática elencou, de seguida, as várias medidas previstas no seu programa eleitoral, onde estão contidas “várias medidas na área da transição energética e na transição climáticas, com objetivos que queremos alcançar: fomentar uma economia circular, a diminuição do carbono, a diminuição dos resíduos, o reaproveitamento dos resíduos”.

“A política ambiental do PSD foi sempre, na primeira linha, fomos sempre os primeiros. Nem de propósito, agora que abraçámos o projeto da Aliança Democrática, no ponto de vista da sua posição reproduz a primeira AD de 1979. Foi na primeira AD que se começaram a desenhar os primeiros instrumentos que ainda hoje existem: a reserva agrícola nacional, a reserva ecológica”, lembrou Luís Montenegro. “O programa do PSD, que vai fazer agora 50 anos, já tinha uma preocupação ambiental. Fomos nós, em 1987, que aprovámos a primeira Lei de Bases do Ambiente. Fomos nós que aprovámos vários instrumentos legislativas, com Carlos Pimenta, que foi, à época, um líder incontestado daquilo que foi a preocupação ambiental. Estamos a falar há várias décadas! Depois tivemos novos impulsos, com José Eduardo Martins, no governo de Durão Barroso, e depois tivemos Jorge Moreira da Silva, no governo de Passos Coelho, com a economia verde, mudanças importantes… Estamos muito focados na área ambiental. Se algumas pessoas querem fazer-me ver a importância que este assunto tem, podem fazê-lo de várias maneiras, não precisam de andar a atirar-me tinta. Há uma coisa que também posso dizer: por mais tinta que me atirem, continuarem a ser eu mesmo, no mesmo caminho, não vou desviar-me do meu foco”.

Nuno Melo estava a acompanhar Montenegro também foi atingido com salpicos e, em declarações aos jornalistas, foi bastante crítico da ação.

“Fui atingido, mas pouco. É um ato anormal e cobarde de gente que não tem noção. Mas a política também é feita disso”. reagiu Nuno Melo, líder do CDS, partido que se coligou com o PSD na AD, minutos depois do ataque. “Isto não é um protesto pelo clima, é uma brincadeira de uns miúdos idiotas que não têm a noção do mundo em que vivem nem respeito pelos outros”.

O ativista foi afastado por membros da comitiva social-democrata e entretanto detido pela PSP.