Vítor Escária, ex-chefe do gabinete do primeiro-ministro, António Costa, e Diogo Lacerda Machado, melhor amigo do mesmo António Costa, são os detidos com as medidas mais graves. O ex-chefe de gabinete fica proibido de se ausentar para o estrangeiro, tal como Lacerda Machado, tendo este último também de prestar uma caução de 150 mil euros.
Todos os outros três detidos – Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, administradores da empresa Start Campus, ficaram apenas com termo de identidade e residência, que é a medida de coação mais simples.
A Start Campus fica com a obrigação de prestar uma caução de 600 mil euros no prazo de 15 dias.
Os crimes de corrupção e de prevaricação caíram por terra, para todos os arguidos. O de tráfico de influência é agora o mais grave em investigação, embora se saiba que é dos mais difíceis de se provar em julgamento.
Vítor Escária
Medida de coação: Proibição de viajar para o estrangeiro, com obrigação de entrega do passaporte
Estava indiciado por:
Um crime de tráfico de influência, em coautoria com Lacerda Machado;
Dois crimes de prevaricação, em coautoria com Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Lacerda Machado.
Nuno Mascarenhas
Medida de coação: Termo de identidade e residência
Estava indiciado por:
Um crime de corrupção passiva, quanto a titular de cargo político agravado;
Um crime de prevaricação.
Todos os crimes caíram Rui Mascarenhas, mas mantem-se como arguido.
Afonso Salema
Medida de coação: Termo de identidade e residência
Estava indiciado por:
Um crime de tráfico de influência, em coautoria com Rui Oliveira Neves;
Um crime de corrupção ativa quanto a titular de cargo político agravado, em coautoria com Lacerda Machado e Rui Oliveira Neves;
Dois crimes de prevaricação em coautoria com Rui Oliveira Neves, Lacerda Machado e Vítor Escária, relativamente a Nuno Mascarenhas e Ana Fontoura Gouveia;
Um crime de prevaricação em coautoria com Rui Oliveira Neves, relativamente a João Galamba;
Um crime de recebimento ou oferta indevida de vantagem quanto a titular de cargo político agravado, em coautoria com Rui Oliveira Neves;
Um crime de oferta indevida crime de recebimento ou oferta indevida de vantagem quanto a titular de cargo público agravado, em coautoria com Rui Oliveira Neves.
Rui Pedro de Oliveira Neves
Medida de coação: Termo de identidade e residência
Estava indiciado por:
Um crime de tráfico de influência, em coautoria com Afonso Salema;
Um crime de corrupção ativa quanto a titular de cargo político agravado, em coautoria com Lacerda Machado e Afonso Salema;
Dois crimes de prevaricação, em coautoria com Afonso Salema, Lacerda Machado e Vítor Escária, relativamente a Nuno Mascarenhas e Ana Fontoura;
Um crime de prevaricação, em coautoria com Afonso Salema relativamente a João Galamba;
Um crime de recebimento ou oferta indevida de vantagem quanto a titular de cargo político agravado, em coautoria com Afonso Salema;
Um crime de recebimento ou oferta indevida de vantagem quanto a titular de cargo público agravado, em coautoria com Afonso Salema.
Diogo de Lacerda Machado
Medida de coação: Caução de 150 mil euros e proibição de viajar para o estrangeiro com obrigação de entrega do passaporte
Estava indiciado por:
Um crime de tráfico de influência, em coautoria com Vítor Escária;
Um crime de corrupção ativa quanto a titular de cargo político agravado, em coautoria com Afonso Salema e Rui Oliveira Neves;
Dois crimes de prevaricação em coautoria com Rui Oliveira Neves, Lacerda Machados e Vítor Escária relativamente a Nuno Mascarenhas e Ana Fontoura Gouveia;
Star Campus
Medida de coação: Caução de 600 mil euros
A empresa estava indiciada por:
Um crime de tráfico de influência;
Um crime de corrupção ativa quanto a titular de cargo político agravado;
Um crime de recebimento ou oferta indevida de vantagem quanto a titular de cargo político agravado;
Um crime de recebimento ou oferta indevida de vantagem quanto a titular de cargo público agravado.