O contrato para a realização de obras no Aeroporto de Lisboa foi hoje assinado pela Vinci, ANA e um consórcio liderado pela Mota-Engil, prevendo-se uma despesa de 233 milhões de euros.

O auto de consignação foi assinado pelo diretor da Vinci para Portugal e Brasil, Thierry Ligonnière, pelo presidente da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, e pelo presidente da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, pelas 10h45, numa cerimónia junto ao Terminal 2 do Aeroporto Humberto Delgado.

O investimento, no valor de 233 milhões de euros, prevê a construção de dez pontos de embarque a reformulação de todo o edifício do busgate sul, ficando a realização da obra a cargo de um consórcio liderado pela Mota-Engil.

Numa declaração antes da assinatura do acordo, José Luís Arnaut enalteceu que este é um “momento importante” e que, com as obras, o Aeroporto Humberto Delgado “vai ter um upgrade significativo”.

Já Thierry Ligonnière assinalou que este é “o maior projeto que a ANA fez, em termos de valor, desde a realização do aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

Além do contrato para estas obras, foi assinado um protocolo de utilização militar com o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, João Cartaxo Alves.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, falou na assinatura de “um documento absolutamente essencial com a Força Aérea”.

“Se dúvidas houvesse da vontade de a Força Aérea estar ao nosso lado, ficaram completamente dirimidas, e por isso hoje estamos aqui, mas também já estamos a dar os passos subsequentes, nomeadamente estamos, em conjunto, a pensar no novo Campo de Tiro da Força Aérea, absolutamente essencial para cumprir os nossos compromissos com a NATO, os nossos compromissos de defesa nacional”, referiu Miguel Pinto Luz.

De igual forma, falou do fim da operacionalidade do Aeródromo de Trânsito n.º 1, de Figo Maduro e que terão de ser garantidas as condições para Portugal “continuar a receber as altas individualidades com o respeito merecido”, mas remeteu para uma apresentação em janeiro.

Miguel Pinto Luz disse ainda esperar a entrega do primeiro relatório da Vinci sobre estas obras, a 17 de dezembro, onde ficarão claros “os compromissos de Vinci, os calendários, a ambição e a visão para a nova infraestrutura aeroportuária”.

Sobre as obras, o governante apontou que são “essenciais”, porque “quem utiliza este aeroporto, sabe que está sobrelotado há muitos anos”.

Presente na cerimónia, em que não houve espaço para perguntas dos jornalistas, esteve Luís Montenegro, que não prestou declarações.