O Egipto, Israel e os Estados Unidos concordaram em permitir que os estrangeiros em Gaza passem pelo posto fronteiriço de Rafah para o Egipto, segundo um alto funcionário egípcio.

O responsável adiantou este sábado que Israel concordou em não atacar as áreas por onde os estrangeiros passariam ao sair do território palestiniano que está cercado.  O Qatar esteve também envolvido nas negociações e os participantes receberam igualmente a concordância dos grupos militantes palestinianos, Hamas e Jihad Islâmica.

Uma outra fonte egípcia do posto de passagem de Rafah disse ter recebido instruções para reabrir o posto hoje à tarde para os estrangeiros provenientes de Gaza. O alto funcionário egípcio acrescentou que estão a decorrer negociações para permitir a entrega de ajuda humanitária a Gaza através do posto de controlo.

Ambas as fontes falaram à agência Associated Press sob condição de anonimato, por não estarem autorizados a prestar informações aos meios de comunicação social. Israel ordenou uma retirada em massa dos palestinianos do norte da Faixa de Gaza.

Os palestinianos tentaram hoje sair do norte da Faixa de Gaza, depois de os militares israelitas terem ordenado a deslocação de quase metade da população para sul e terem feito incursões terrestres. Israel renovou os apelos nas redes sociais e em panfletos lançados do ar para que cerca de um milhão de habitantes de Gaza se desloquem para sul, enquanto o Hamas exortou as pessoas a permanecerem nas suas casas.

A ONU e os grupos de ajuda humanitária afirmaram que um êxodo tão rápido provocaria um sofrimento humano indescritível, com doentes hospitalizados e outras pessoas incapazes de se deslocarem.

O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.