O presidente do Governo da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, congratulou-se hoje com a aprovação do Programa do executivo, considerando importante manter as bases do diálogo que foi iniciado.

“A situação está desbloqueada. Até ao fim de julho vamos apresentar e discutir o Orçamento e entramos depois na normalidade”, afirmou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas, momentos depois da aprovação do documento, na Assembleia Legislativa Regional, no Funchal.

O Programa do XV Governo Regional foi aprovado com 22 votos favoráveis do PSD, do CDS e do PAN, 21 votos contra do PS, do JPP e de uma deputada do Chega, e quatro abstenções do Chega e da IL.

A viabilização do documento apresentado pelo executivo social-democrata saído das eleições regionais de 26 de maio chegou a estar em risco, uma vez que o Chega indicou inicialmente o voto, mas o partido de Ventura acabou por abster-se e apenas uma deputada votou contra.

“Fizemos todas as diligências em conversações com os partidos políticos que aceitaram conversar connosco e, no quadro de um parlamento democrático, é normal que essas negociações tenham decorrido. Decorreram bem e houve a capacidade e a assunção de responsabilidades por parte desses partidos e a aprovação do Programa do Governo, que é isso que interessa”, disse o líder do executivo madeirense, que é também presidente do PSD/Madeira.

Questionado se a discussão do Orçamento Regional para 2024 também poderá ser um momento “complicado”, Miguel Albuquerque recusou fazer “grandes dramas”, salientando que o importante neste momento é manter “as fontes e as bases do diálogo que foi encetado” para o Programa do Governo.

O governante recusou igualmente a ideia de estar “nas mãos do Chega”, recordando que “o parlamento tem mecanismos que pode utilizar, seja a moção de censura, seja a moção de confiança”.

“Portanto, o que era fundamental neste momento era não criar impasses e uma situação que levasse a que a região ficasse paralisada em diversos setores, sobretudo na economia e num conjunto de decisões que temos de tomar este ano”, acrescentou.